Partida de Arlindo Cruz: Adeus ao Poeta do Samba e Legado Imortal

Partida de Arlindo Cruz: Adeus ao Poeta do Samba e Legado Imortal

Na tarde desta sexta-feira, 8 de agosto de 2025, o Brasil perdeu um dos maiores mestres do samba. Arlindo Cruz, aos 66 anos, faleceu no Hospital Barra D’Or, no Rio de Janeiro, após lutar durante anos contra complicações de saúde decorrentes de um AVC sofrido em 2017.

Compositor, instrumentista e voz marcante do pagode, Arlindo foi inspiração para gerações. Sua carreira começou nas rodas do Cacique de Ramos, onde logo integraria o Fundo de Quintal, grupo que revolucionou o samba nos anos 1980 e 1990 :contentReference[oaicite:1]{index=1}.

A trajetória de Arlindo se estendeu por décadas, com centenas de composições gravadas por grandes nomes da música brasileira — entre sambas, pagodes e enredos carnavalescos — consolidando-se como uma referência viva e visceral da cultura popular :contentReference[oaicite:2]{index=2}.

O Último Ato

Desde o AVC hemorrágico que sofreu em março de 2017, Arlindo enfrentou uma longa batalha. Mesmo debilitado, retornou aos palcos por meio do projeto “Pagode 2 Arlindos”, ao lado do filho Arlindinho :contentReference[oaicite:3]{index=3}.

Nos últimos meses, vinha tratando de uma pneumonia e enfrentando outras complicações de saúde. A notícia da sua morte foi confirmada pela família e equipe, e também pelo hospital em nota oficial, manifestando profunda solidariedade :contentReference[oaicite:4]{index=4}.

Repercussão e Legado

Figuras públicas se manifestaram emocionadas. A ministra da Cultura, Margareth Menezes, referiu-se a Arlindo como “voz fundamental da nossa cultura popular”. Já a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, destacou seu legado voltado às periferias e à afirmação da identidade negra.

“Arlindo exaltou que nosso lugar era ‘Madureira’, celebrou a favela, o culto aos orixás e embalou nossos domingos com sambas inesquecíveis”, disse a ministra :contentReference[oaicite:5]{index=5}.

Conclusão

Arlindo Cruz deixa um legado musical e cultural que transcende gerações. Considerado um verdadeiro poeta do samba, sua obra vive em cada nota, verso e roda de samba deste país.

Que seu compasso siga ecoando — como convite à celebração e à resistência da nossa cultura. Descanse em paz, mestre.

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